quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A evolução do teclado

O órgão é o mais antigo instrumento de teclas que se conhece. Apareceu no século 3 a.C. com o nome de “hydraulis” e reinou sozinho até o século XIV. Nesse período sofreu muitas adaptações como a adição de botões e alavancas que eram operadas com as mãos. Quase todos teclados até o século XV possuíam sete notas naturais (sem sustenidos ou bemóis).

Com o surgimento do clavicórdio e do cravo, uma tecla Si bemol foi acrescentada para remediar o trítono entre o fá e o si. Mais tarde outros semitons também aperfeiçoaram os 2 instrumentos que dominaram os palcos e as cortes burguesas até o século XVIII quando apareceu o piano. Começava aí um novo capítulo da história da música e dos teclados.

O grande diferencial do piano era a possibilidade de variar o volume (ou dinâmica) da interpretação de acordo com o vigor com que cada tecla era pressionada. O nome completo do piano é "gravicèmbalo con piano e forte" significando "cravo com suave e forte". Pode ser encurtado para "piano-forte" que significa suave-forte em italiano.

No início do século XX surgiram os pianos eletromecânicos como o Ondes Martenot. Os mais antigos instrumentos de teclas totalmente eletrônicos foram os órgãos eletrônicos que usavam um oscilador e divisores de freqüência junto com uma rede de filtros para produzir formas de ondas.

Os sintetizadores marcaram os anos 60. Um dos primeiros foi o Moog, que utilizava um circuito analógico. Na época, algumas bandas ainda usavam teclados com gravador de fita, inventados na década de 40. O exemplo mais conhecido é o Mellotron que estrelou nos palcos até os anos 70. Estes instrumentos se tornaram obsoletos com a invenção dos samplers e teclados arranjadores atuais com tela de cristal líquido, vozes, ritmos e estilos acusticamente perfeitos.


Exemplos de instrumentos com teclas

clavicórdio, clavinet, cravo, espineta, pianos (digital, elétrico, acústico), tangent piano, bowed clavier, acordeon, concertina, gaita, harmônio, escaleta, órgão, carrilhão, celesta, glasschord, chamberlin, sintetizador e sampler.



Dmitriev (Fuga in d-moll BWV565, Bach)

Karl Richter (Toccata e Fuga BWV565, Bach)


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