quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Entrevista com o inventor

O Uniscala, como já diz o nome, se caracteriza por ter uma escala só, ou seja, uma mesma dedilhação para todas as escalas maiores e também apenas uma para as menores. "O desenho da música é o mesmo para todas as tonalidades, portanto, em vez de estudar em 12, aprende-se em uma só", explica Antonio Ferreira, psiquiatra aposentado em Porto Alegre, justificando por que afirma que o seu teclado apresenta uma relação de um para doze em facilidade.

Como ele mesmo diz, "um inventor é aquele sujeito que não se conforma com as coisas como estão". Quando começou estudar piano, tinha muita dificuldade para tocar em tons diferentes. Incomodado, passou a imaginar esquemas diverisificados de teclado para tentar facilitar a sua vida. Meses depois, quando achou que já tinha a solução, comprou um acordeon e adaptou o sistema que se baseia em uma distribuição mais lógica das teclas, nesse caso quadradas, sobrepostas às originais. Bingo! Funcionava. Tanto que teve a patente concedida ao seu invento.

Segundo o criador, sua obra faz bastante sucesso em feiras e exposições, inclusive com as crianças. Uma das principais revistas especializadas em teclados, a americana Keyboard, publicou uma matéria revelando o Uniscala. Isso rendeu telefonemas do mundo todo de pessoas interessadas em comprar a invenção. Ferreira, entretanto, não produz os teclados, pelo menos por enquanto. Apesar de haver uma empresa acenando com a possibilidade de parceria para produzir e comercializar, o autor sabe que é difícil conquistar a confiança das pessoas e fugir do preconceito, afinal, são 400 anos de erudita tradição. "E eu não tenho pretensão nenhuma de competir com o teclado original, apenas é mais fácil de aprender a tocar", avisa, admitindo que está nos seus planos montar uma escolinha para ensinar o seu sistema. (Fonte: http://www.sinpro-rs.org.br)

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